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OS SETE

Os meus sete da vida airada

Juntinhos andavam sempre

Tocava a campainha para a entrada

Mas, eles não apareciam de repente

Em fila indiana chegavam

Molengões e descontraídos

Com pouca vontade de trabalhar

E a custar-lhes dar-me ouvidos

Na amizade eram o máximo

Um por todos e todos por um

Se um deles era repreendido

Logo os outros se punham em sentido

Para que não fosse beliscado nenhum

Entre eles não havia zangas

Combinavam-se na perfeição

Era tanta a harmonia

Que causava confusão

Formavam uma ilha

Onde era difícil penetrar

Quando alguém se aproximava

Tratavam logo de o abafar

Agora que os vejo partir

Vou sentir a sua falta

Mas a vida é sempre a abrir

Felicidades para esta malta

Que o futuro seja risonho

Alegrias a transbordar

Que consigais realizar o sonho

E serdes felizes sem parar

Convém não esquecer

Que também é preciso lutar

Para se conseguir obter

Tudo aquilo que nos faz sonhar

A vossa professora

Amélia Silva