O melhor presente
A Princesa anunciou ao povo que se casava com quem lhe trouxesse o mais valioso presente.
- Eu sou o Príncipe Florêncio – disse o primeiro pretendente. – Trago uma flor que floriu no meu florido jardim e encanta qualquer florista.
- Não me parece muito original. Venha o próximo.
- Eu sou o Príncipe Frioleiro. Gosto de frio e trago um frigorífico para uma friorenta princesa com frieiras.
- Mas do que eu preciso é de um aquecedor. Venha o próximo.
- Sou o Príncipe Sabichinho. Sou um estudioso estudante de estudos espantosos.
- E trouxeste-me um livro que compraste a um livreiro numa livraria, não é? Tenho uma vasta biblioteca, não preciso. Estou cansada, só atendo mais um. Que príncipe és tu?
- Eu sou o vizinho do 5º esquerdo, que vim ver o que se passava…
- E que me vais oferecer?
O problema é que ele não levava nada. Nadinha de nada.
- Procura bem nos bolsos – disse a princesa.
- Cá está! - disse o vizinho e abriu a mão. - Trago-lhe ar do meu país.
- Fantástico – disse a princesa. - De facto, não se pode viver sem ar. Caso contigo. Provaste que és esperto. Serás realmente um bom rei para reinar entre a realeza do meu real reino.
in "Livro com Cheiro a Chocolate" de Alice Vieira
Esta história veio mesmo a propósito. Em Estudo do Meio andámos a estudar o ar.
Também podemos procurar no texto e formar grupos de palavras da mesma família.
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